O futuro em foco


Data Publicação: 31/08/2023

Andrea Janér, CEO da Oxygen abordou sobre as novas tecnologias, as inteligências artificias generativas que já são uma realidade no mundo atual.

Com vídeos e fotos, contextualizou a realidade e o mundo em transformação de modo completo e dinâmico.

Uma aula para entendermos onde estamos e como mudamos a realidade para construir os Novos Futuros.

Confira um resumo abaixo!
Iniciando sua apresentação, Andrea fez reflexões sobre os desafios que esperam os profissionais de hoje e os do futuro.

Com a frase de Alvin Toffler, autor, empresário e futurista norte-americano, ela introduziu os 3 pontos principais de sua participação: Inteligência Artificial Generativa, O futuro do trabalho e o Futuro da educação.

inteligência artificial generativa
Andrea explicou sobre o início dos estudos das Inteligências artificiais em 1815 - comandados pela primeira programadora de computadores da história mundial, Augusta Ada Byron King, conhecida como “Ada Lovelace" - até a fundação da OpenAI por Elon Musk e sua introdução em ferramentas atuais como as da Microsoft e a consolidação e chegada do Chat GPT em 2022.

"Em 2020, o ChatGPT 3 foi apresentado para algumas empresas e, na época, quase ninguém demonstrou interesse. Mas a Inteligência Artificial foi usada pra escrever um artigo no The Guardian e a conclusão que tiraram dessa experiência é que o conteúdo se assemelhava muito ao escrito por um jornalista de carne e osso. E isso já apresentava indícios que ia ser revolucionário, mas quase ninguém deu atenção", disse.

De modo completo, Andrea contextualizou e mostrou exemplos dos tipos de IA disponíveis: Texto para texto, Texto para Imagem, Texto para Vídeo e Texto para áudio.
"O mundo que vamos navegar agora é este: não sabemos onde estão os limites das coisas e das criações. Tanto em imagem, vídeo e texto. Estamos no momento de discutir regulações para criar um padrão e assegurar os direitos autorais."
E quais os riscos do uso da Inteligência Artificial? Segundo Andrea eles são divididos em:

1) Privilégios: muitas pessoas ainda não possuem acesso a elas, e nem acesso à internet. Essas pessoas vão ficar mais excluídas e na margem dessa revolução tecnológica. Assim, há um aprofundamento do abismo digital.

2) Uso de dados: os riscos acontecem quando apenas algumas empresas possuem acesso e dominam os dados geradas por esse uso. Criando um monopólio e afetando a todos.

3) Automação: com a chegada da IA, muitos empregos serão substituídos e outros não serão criadas devido a sua alta capacidade de evoluir, produzir e se adaptar.

4) Desinformação: teremos dificuldades para identificar o que é verdade. E é preciso saber que nem todas as informações são consumíveis, pois não há uma verdade absoluta.

"Somente com critério e discernimento vamos saber identificar um erro ao utilizar as ferramentas como o Chat GPT. E precisamos ter isso em mente para ensinar os nossos filhos, alunos, colegas para que não fiquem refém de situações erradas", finalizou.

E o uso do Chat GPT também traz oportunidades como: o uso mais comum da IA para facilitar o nosso dia a dia; possibilidade de escalar seu uso e atingir milhões de pessoas e, uma aceleração digital e inovadora que antes não era possível.

"Nós precisamos ser os copilotos delas, pois elas precisam de nós para corrigir e ensiná-las. Deste modo, podemos também ter mais tempo para fazer coisas que importam. Hoje não falamos mais em letramento digital. A fluência em IA é o futuro e nós vamos precisar saber usá-las de modo correto. E só vamos conseguir isso, estar alinhados ao futuro, se usarmos essas ferramentas no presente".
O futuro do trabalho
Veja o relatório completo em:
https://www.weforum.org/reports/the-future-of-jobs-report-2023/
Totalmente ligado à chegada da Inteligência Artificial no cotidiano, Andrea comentou sobre as skills do futuro que, segundo ela, são as competências que precisam ser desenvolvidas no agora, com base no Relatório do Futuro dos Empregos 2023 do Fórum Mundial Econômico.

O relatório aponta dados como:
  • 23% dos empregos devem mudar até 2027.
  • 69 milhões de novos empregos serão criados.
  • 83 milhões serão eliminados.
  • Muitas oportunidades estarão na educação e na agricultura
  • O número de professores de educacional vocacional e universitários será maior do que o atual.
As principais habilidades necessárias, segundo o relatório são: pensamento analítico/solução de problemas; pensamento criativo; resiliência, flexibilidade e agilidade; motivação e autoconsciência;
curiosidade e lifelong learnin; alfabetização tecnológica; confiabilidade e atenção aos detalhes; empatia e escuta ativa; liderança e influencia social e qualidade.

"Gostaria de destacar também uma competência que não está na lista. A capacidade de entender o futuro. E para dominá-la é necessário ter repertório e criatividade. Para entender para onde estamos indo é fundamental estar sempre a frente. É necessário olhar para a totalidade e tudo que está acontecendo ao redor, além do seu setor. E tudo começa com a criação de repertório, seja assistindo bons filmes e séries, ouvindo podcast, entre outros".

Neste sentido, segundo Andrea é preciso inovar e, a inovação deve ser vista como mindset e a tecnologia um meio para se chegar a isso,. Desse modo, é preciso olhar para o problema de outro ângulo e outro ponto de vista. "Neste momento com a chegada da IA no mercado de trabalho precisamos repensar as prioridades pessoais e sair do senso comum".
O futuro da educação
Estamos indo para o 2º ano de uso das IAs no mundo e, neste momento, há uma movimentação diferente quando falamos delas nas escolas. Os educadores pelo mundo, segundo Andrea, precisam entender que não é possível banir seu uso na educação, mas sim aprender como usar de modo assertivo e benéfico para o aprendizado.

"A fluência em Inteligência Artificial será um diferencial para o futuro e quem domina as ferramentas estará na frente. Pelo mundo todo podemos ver grandes e bons exemplos do uso delas para personalizar a aprendizagem. Por exemplo, algumas universidades estão realizando investimentos para terem tutores privados que cumprem algumas tarefas dos professores e levam os alunos a encontrarem as respostas sozinhos", comentou.
Outro uso positivo exemplicado por Andrea é quando falamos de saúde mental dentro das escolas.

"Já temos alguns exemplos, por exemplo na Dinamarca, em que os professores estão usando aplicativos para avaliar o humor dos alunos. Os alunos preenchem uma espécie de pesquisa de clima, várias vezes ao dia, e assim é possível ter uma visibilidade de como os alunos estão vivendo para atuar de modo positivo", explicou.

Finalizando sua participação, Andrea levou os convidados a refletirem sobre o papel da escola.

"A escola não serve apenas para aprender e ensinar coisas, serve para educar. Precisamos transitar de uma estrutura monodisciplinar para uma transdisciplinar, dando palco para os alunos trabalharem e não serem apenas ouvintes dentro dos muros das escolas. Devemos dar e ter oportunidades para arriscar, errar, fazer coisas diferentes e não sermos penalizados por isso", concluiu.